No dia 18 de setembro competirei MTB no Arizona-US, prova Barn Burner, prova de 100 milhas em circuito. Esta prova é classificatória para a competição LeadVille no Colorado-US que é um dos meus objetivos para 2022. Para conseguir a vaga devo ganhar na categoria e, caso termine em um tempo interior a 8:30h terei um bom posicionamento de largada.
Vou detalhar aqui alguns dos processos pré-competição que considero de extrema importância para a prova. Antes de começar a separar os itens que levarei comigo para a competição, estudo o percurso, as condições de suporte para alimentação e hidratação e o clima da região.
O circuito tem aproximadamente 40 milhas com apenas um ponto de apoio com pessoas externas (minha mãe e Pipa formarão minha equipe de apoio) e os demais pontos de hidratação é necessário que o competidor pare a bike para abastecer. A previsão de tempo é de um dia ensolarado com poucas nuvens, máxima de 24°C e mínima de 8°C.
A primeira etapa da preparação, uma das etapas mais importantes, é a preparação da bike. A bicicleta é submetida a uma revisão geral, inclusive pneus. Na sequência começo a separar os itens da mala desta vez, como irei de carro, levarei alguns itens com maior volume, mas que trarão mais conforto para mim e para a equipe de apoio.
Itens da mala:
Roupa:
· Uma única muda de roupa
· Corta vento
· Luva de dedo mais quente
· Meia de inverno
· Underwear
Itens para hidratação e alimentação:
· 1 mochila Camelback
· 1 garrafinha
· Cooler com gelo
· Suplementos de carboidratos
· Suplementos de proteína
· Tâmaras
· Nuts
· Sanduiches cortados em pequenas porções
Itens para cuidado do atleta:
· Pomada pré-treino
· Pomada pós-treino
· Filtro solar
· Colírio
· Protetor labial
· Shampoo Johnson
· Meia de compressão – uso na viagem de ida e volta
· Kit de primeiros socorros e remédios
Equipamento:
· Óleo para lubrificar a corrente (recipiente para carregar na prova)
· Apesar do pneu ser tubeless, levo um kit de troca de pneu (câmera e CO2)
· Bomba de pé
· Capacete extra (não irei de avião)
· Colinha da prova
A escolha das roupas, quantidade e variedade, está diretamente associado ao clima e tempo de duração da competição. Neste caso, levarei opções de roupa mais quente, porém por ser uma prova curta não levarei muda de roupa nem itens impermeáveis como capa de chuva.
Os itens de hidratação e alimentação foram definidos em função dos pontos de apoio e condições deles ao longo do percurso. Neste caso, levarei um Camelback para o suporte da hidratação, minha bike só tem capacidade para uma garrafa e a mochila aumenta a minha autonomia. O cooler de gelo no ponto de apoio é essencial pois minha alimentação na prova é toda a base de suplementos diluídos em água e o consumo deles melhora consideravelmente quando a água está gelada e há gelo. Além dos suplementos, levo nuts, tâmaras e sanduíches para alguns momentos de maior fome ou vontade de mastigar. Todos os itens são separados em pequenas porções para que não ocorram pausas ou estas sejam pequenas.
Já os itens para cuidado do atleta são elementos que sempre carrego comigo, em todas as competições, e a lista foi melhorando ao longo dos anos de experiência em outras provas e trocas com médicos como o Dr. João Filipe (médico da equipe da RAAM 2009 e 2019). Destaco as pomadas pré e pós treino, são itens fundamentais e que fui pesquisando no mercado ao longo de anos as marcas que mais me adaptei. Além disso, depois do RAAM 2019 passei a incluir na lista o shampoo Johnson para lavar o rosto e os olhos, o produto evita alergias e limpa as impurezas.
Por fim os equipamentos. Costumo ser bem cautelosa e até exagerada para separar estes itens. Prefiro levar o equipamento e voltar sem o utilizar do que ter algum problema durante a prova e me prejudicar pela falta de alguma coisa, ainda mais indo de carro que tenho maior liberdade nos volumes que levo comigo. O capacete extra, por exemplo, é um item que só levo em provas que vou de carro pois ocupa muito espaço na mala.
Um item vale ser ressaltado, a "colinha" da prova. Mesmo com vários dispositivos de gps e recursos mais modernos para o acompanhamento do percurso, continuo com este hábito. Em um pequeno pedaço de papel imprime os gráficos da prova e adiciono informações do percurso com dicas. A elaboração desta cola é uma preparação psicológica, nesse momento que começo a fazer um exercício que aprendi com meu mestre Orlando Cani, me visualizo na prova. Ao me visualizar na prova eu me imagino passando por sufocos, coisas boas e há no final um resultado bom e positivo. Importante, nunca penso nos competidores, a informação da prova e minha expectativa sobre ela que são relevantes para mim.
Joia as dicas !!! De ouro !!! 🤩
Essa mala do carro tá meio bagunçada